sexta-feira, 27 de outubro de 2017

O mundo ideal



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O  MUNDO IDEAL

  Depois de 22 anos, 9 meses, 14 dias, 23 horas e alguns minutos de casado, para que a rotina não se transforme em algo modorrento - se é que rotina seja possível, diante das várias incógnitas proporcionadas pelo convívio diário num mesmo ambiente com esposa e seis filhos - estávamos o casal, em um dos raros momentos sozinhos na sala, assistindo a uma partida de futebol, quando ela, manuseando um controle remoto largado pelo filho menor aonde não deveria, estimulou o primeiro ou, no máximo, segundo time de todos os brasileiros de uns tempos para cá: - vai Chapecó!

  Como se tratava de uma partida real e ela “controlava” o jogo por meio virtual, adicionado ao fato de se tratar de minha eterna musa inspiradora, isso “estartou” (moderno, né? Deflagrou!) o meu cérebro a embarcar no “jogo”, passando a imaginar o que para mim ainda parece impossível, porém,... Sim, eu poderei me render, um dia, completamente, à tecnologia, sem minhas costumeiras e muitas ressalvas, no dia em que o Glorioso Botafogo estiver jogando e eu, de minha poltrona, puder controlar os jogadores adversários, através de um controle remoto de ultííííííííssima geração: gol nosso! Mais um! Outro! Estou sonhando!? Delirando!!!???

  Enfim, cada um tem o seu modelo de mundo satisfatório. Esse seria o meu. Mas como, infelizmente, nem todas as pessoas são botafoguenses, logo um torcedor do time xxxxxxxx (você???) apareceria com um controle remoto para tentar me vencer, assim, acreditando que continuarei com as minhas ressalvas com relação à tecnologia. 

  Seria simples se o mundo agradasse a todos do mesmo jeito! Mas, como não é assim, cada um vai tentando fazer o seu mundo, o que acaba interferindo no mundo do outro, deixando a situação como ora está! Nada boa, né!?

 Sendo assim, sem deixar de reconhecer que o meu bom humor momentâneo foi ocasionado por um fato inicialmente adverso, inspirando a tentar agir assim mais vezes diante de reveses, contribuindo um pouco mais para um mundo melhor, vou terminar é tratando de chamar a atenção do meu filho para que ele guarde corretamente o controle remoto ao terminar de usá-lo... 

  Mas antes, já que agora estou no controle do controle: - vai Chapecó!!!



domingo, 8 de outubro de 2017

O voo da borboleta



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O VOO DA BORBOLETA

  Segundo a literatura, existem quatro tipos de nados: costa, peito, crawl e borboleta. Se você conhece um mínimo de natação, costa não precisa explicar, né? Parto do princípio de que peito você também sabe o que é! Já o crawl,... Bem, pelo termo você já viu que ainda não resolveram “aportuguesar”. Pudera! Seria algo como “rastejar”(?). Logo, dispenso-me de tentar explicar minimamente, mesmo porque eu até consegui entender a razão, mas não vejo a mínima coerência. Por último, o borboleta...

  Acredito que o borboleta é porque alguém achou que era parecido com o movimento dela. Mas outros também acham que parece um golfinho,... O certo é que ficou borboleta e pronto! 

  Sou ruim em todos eles (mal, mal, o “cachorrinho”). Mas se tivesse que escolher, acho que o último seria o borboleta. Aliás, creio que não só eu, já que observo se tratar, frequentemente, daquele onde tem menos nadadores inscritos. Como dizem os especialistas: forte, gracioso e complexo. Bem executado é lindo, já sem a devida técnica,...

  Pois bem! Uma de minhas filhas, embora com 12 (doze) anos, já é “veterana” na natação! Considero que ela “passeia” bem pelos quatro nados. É atleta federada pelo Clube de Natação e Regatas Álvares Cabral. Porém, contra (quase) todas as solicitações, recomendações e prognósticos, “sobrevive” nadando “apenas” às terças, quintas e, quase sempre, aos sábados! 

  Logo, a sua carga de piscina é pequena se considerarmos o geral. Por ela, a propósito, seria ainda menor, mas o seu técnico, Marcos, não deixa ( - tem que nadar, Laís!)... Então, porque apesar de tudo, o “borboleta”, no momento, parece ser o que “está mais voando”?

  Nitidamente lhe “falta força”! 

  Ora, mas as borboletas são fortes? Sei lá. Vai que são! Mas, induvidosamente, não lhes falta graça e beleza no seu “nado” aéreo.

  Ao menos para mim, portanto, é isso: a falta de força vai sendo compensada, de alguma forma, pela enorme graciosidade de seu voo. Por enquanto vai conseguindo voar até bem assim. Aliás, hoje, conseguiu voar significativamente mais rápido, alcançando, ao menos momentaneamente, o posto de borboleta petiz mais rápida do país. 

  Um voo de arte!