domingo, 28 de setembro de 2014

pensamentos



Há muitas coisas para lhe seduzir, pouquíssimas para lhe conquistar.  A escolha é sua!

 

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Teto Solar


                 TETO SOLAR



   Não sei de onde vem a minha paixão pelo teto solar. Se bem que nunca tive um carro com esse acessório. Aliás, não me recordo sequer de ter entrado em um só veículo que o tenha.

   Porém, mesmo antes de ter o meu primeiro automóvel, um fusquinha 1964 - mais velho do que eu e que um amigo apelidou, carinhosamente, de “Juscelino” - venho acalentando esse sonho. E lá se vão mais de vinte anos.

  Antes, como não existiam tantos carros que vinham de fábrica com tal equipamento, o receio maior era o de que, adaptando no “Juscelino” ou em algum dos outros “(ex)presidentes” que o sucederam, desse algum problema difícil de resolver. Muitos diziam que não eram incomuns os casos em que entrava água pelo local. E como não posso dispor de um carro para andar somente em dias ensolarados,...

   A questão do momento, para mim, é outra, pois a oferta é bem maior. Somente não adquiri um automóvel com tal equipamento porque além de ouvir dizer que o custo é muito elevado, carros que geralmente vem com esse dispositivo trazem um monte de outros que para mim não interessam, além do que, costumo comprar veículo com “preços de ocasião”, tipo um modelo do ano anterior, no ano seguinte.

   Acho que está explícito que existe algo para mim que é bem superior à enorme vontade de possuir um veículo com teto solar, não é?

   De qualquer forma, a minha disposição em pagar “um pouquinho a mais” por um carro que possua teto solar, para os que me conhecem, ensejaria, com certeza, no mínimo, consulta com uma psicóloga, o que até aceito fazer, desde que o meu plano de saúde “cubra o pagamento”.

   Faz tempo que não vejo o meu amigo da época da faculdade. Acredito que ele ficaria feliz ao saber que estou devidamente atualizado, conduzindo a “Dilma”. A propósito, resta saber se esse modelo, reestilizado ou não, ainda estará no topo no ano que vem ou se o “carro da vez” será outro.

   Aliás, não tecerei mais nenhuma palavra quanto a esse aspecto para não correr risco de influenciar alguém e depois ser responsabilizado se o veículo não andar ou, pior, ficar preso na marcha-a-ré.

   Logo, o veículo que pretendo para o ano que vem é um segredo que não revelo para ninguém!

   De qualquer forma, vou ouvir atentamente o noticiário eleitoral - pois embora não ofereça garantias, é incomparável em termos de ofertas - objetivando verificar se algum candidato irá propor redução de IPI para carros que possuam teto solar... Quem sabe?

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Zombando da Morte


                                                              
              ZOMBANDO DA MORTE

 
   Não tenho nada contra a morte. Ainda mais nos dias de hoje. Êta vida agitada!
 
   Diga-me se não tá todo mundo querendo descansar mais um pouco?
 
   Após dormir, creio que a única diferença entre continuar descansando e morrer é que, no primeiro caso, a pessoa acorda (ou alguém, ou o despertador, ou o galo, ou qualquer outra coisa, porém, acorda!) para mais um dia cansativo, enquanto, no segundo, persiste no “descanso”... Quer melhor?
 
   Hummmmm! Pensando bem, o ideal mesmo é tentar conciliar as duas coisas, tipo adiantando, em vida, um pouco daquele descanso que só teremos depois da morte.
 
   Funcionaria assim: como atualmente eu tenho pouco tempo para dormir, pegaria, diariamente, emprestado umas duas (ou três, ou quatro ou cinco) horas do longo tempo que terei para descansar eternamente e, no final da vida, ao invés de morrer no momento previsto no calendário celestial, iria pagando as horas estendidas, condenado a viver essa cansativa vida um pouco mais. Aliás, não me importaria sequer se tivesse que fazer esse pagamento com juros bem elevados...
 
   Dessa forma, quem sabe, talvez, até conseguiria alguns dias de remição do purgatório?

   A propósito, dona morte (ou Dona Morte, se fizer questão), será que eu vou passar por lá algum dia (ou algumas noites)?
 
   A bem da verdade, embora faça questão de deixar bem claro para a morte quem é que está mandando (ao menos até esta parte do texto. Sabe-se lá se serei eu a determinar o ponto final?) saliento que só não me farei mais rude com ela porque, no fundo, acredito que não tenha culpa de nada, além de imaginar o sofrimento que deve ser a sua vida, diariamente incomodando tanta gente:
 
   - Mas jááááááááááá?  
 
   Haja constrangimento!!!!
 
   Bem, já deu para perceber que no fundo eu estou tentando mesmo é um meio para enganar a morte, empreitada que, segundo recado recebido, ela até aceita discutir, porém, no campo dela, hipótese que eu, enquanto vivo, não aceito nem morto.
 
   Fica assim: se eu não posso enganá-la, pelo menos ela não retira de mim o prazer que tenho em enfrentá-la com uma simples caneta, fazendo dela o que eu bem entender. Mesmo cansado - ao menos até aqui - quem continua mandando sou eu!  
 
  Mas existe outra razão para que eu não seja tão rude com ela: está tarde! E eu muito cansado! Vou dormir!  

  Então boa noite e... Até amanhã (tomara!)!