quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Coincidência demais...

 COINCIDÊNCIA DEMAIS...


A questão não é você nunca ter enfrentado a situação de acabar o gás de cozinha, "justamente" quando está cozinhando alguma coisa. O que importa é como você se sente diante desse fato...

Ora, evidente que ele só vai acabar "justamente" quando alguém o estiver utilizando, não é!?

Logo, que não seja por isso!

Ah! Mas porque justamente comigo, se não só eu o utilizo?

Ora, vai acabar em algum momento, com alguém fazendo uso,... Não seria egoísmo querer que isso acontecesse com outro ao invés de você!?

Mas, se isso não lhe convence e não há condições de utilizar a técnica que talvez "alguém" adote para o papel higiênico (indo em eventual outro banheiro ou deixando um pedacinho no rolo para que não acabe justamente com você e tenha que pegar outro), se você considerar tão importante, pode ir se acostumando a levantar a botija, de vez em quando, visando identificar momento em que o gás esteja prestes a acabar, para deixar que termine quando outro o estiver usando. No começo, pode errar algumas vezes, mas depois que estiver "craque", o gás acabará sempre sem que seja com você a usá-lo...

E quando se trata de um carro, que não só você dirige?...

Pois é! Tem alguns outros macetes, que valem para definir, por exemplo, quem vai abastecer o carro, dependendo do seu perfil: egoístico, colaborativo, vingativo,...

Mas, e quando não for o combustível, mas a bateria???...

Já pensou nisso? Eu não tinha pensado,...

Aliás, o que me leva a esta história, na verdade, não é o gás, o papel higiênico, o combustível, mas sim a bateria. Os outros ítens foram trazidos a este texto só para chegar até ela. Isso mesmo! A bateria! Aconteceu comigo!...

Vamos aos fatos: as baterias atuais não são mais iguais aquelas que costumavam dar repetidos sinais de pane, você (ou outro "sortudo") levava na "Dumas Auto Elétrica" (ia tanto lá, que mesmo passados tantos anos, como poderia esquecer?) ali no início (ou final?) da Reta da Penha, dava uma carga lenta e garantia rodagem por mais algum tempo...

Foi assim que, por volta das 10 horas do dia 14.09.2023, estava em casa (não necessariamente "à toa, tá"!?), fui ligar o carro para testar outra bateria (a da chave, que estava dando sinais de problema e eu esperava que não fosse eu a ter que trocá-la rsrs) e o danado do automóvel... Nada! Mesmo para quem não entende o mínimo, nessas circunstâncias, se quiser dar o ar de quem manja do assunto, ao acionar o socorro, dê logo a sua opinião, quase um veredicto: é bateria!!! Imagina, então, eu, com anos de automóveis, desde aquele fusquinha 64 ("carinhosamente" apelidado de "Juscelino", por um colega estudante "gaiato", em homenagem ao antigo presidente),...

Depois de rápidas ligações, fiquei entre dois fornecedores, com preços similares, optando pelo que (em tese) me atenderia mais rápido, pois meus compromissos, fora de casa, estavam por ocorrer uma hora e meia após constatado o problema.

Na verdade, sou daqueles que diante de algo desagradável procuram se consolar com a ideia de que poderia ser pior... Ora, era apenas a bateria de um carro, eu estava em casa, "justamente" num melhor momento para a ocorrência de uma "fatalidade" dessas, ... Como eu poderia ruminar: - justo agora? Porquê comigo?

Enfim, se é inevitável que isso em algum momento iria ocorrer, ainda bem que aconteceu comigo e nessas circunstâncias!!! Que ótimo!!! Rsrs

Eram 10:50. O eletricista estava acabando a troca da bateria, quando minha esposa chegou até mim, com a nossa fllha Sara, na ligação: - pai, o carro não está ligando!

Eu, com aquela minha experiência, que você sabe, não dei nem opinião, fui logo com o veredicto: - é bateria!

- Filme você girando a chave, para que eu possa ver (e ouvir) o que está acontecendo! E me encaminhe no bendito WhatsApp (quem falou mal dele? eu? Nunca!!!).

Nisso, obviamente, eu já tinha conversado com o "socorrista" que, "providencialmente", estava ali, naquele dia, naquela hora, naquele exato instante... E ele tinha vindo de um atendimento para resolver a minha situação. Porque não estaria prestes a sair da minha para ir em socorro de outra emergência?

Perguntei, quase em tom de súplica: - será que você poderia, se for o caso, dar um socorro para mim, no outro carro da família? Minha filha está com o carro, no máximo a uns dez minutos daqui!

- Posso sim, me passa o endereço!

Nisto, a Sara ligou e avisou que girou a chave e, desta vez, o carro pegou.

- Pelo amor de Deus, Sara, não desligue o automóvel e venha para casa. E esse era o seu roteiro, pois viria almoçar e ir para o estágio às 12 horas.

Ufa! Isto era o suficiente... Mas, já que tudo estava dando tão certo, porque não?:

- E se for bateria, será que você tem como resolver?

- Qual é o veículo e o ano?

- Logan sedan 2021.

- Eu tenho outra bateria aqui, da Heliar, de 60 A. "Justamente" a mais indicada para o carro, inclusive na amperagem adequada.

Duvido que alguém, a esta altura, por nada religioso que seja, consiga imaginar que o problema do carro não era bateria... Acho até que se ele me desse o diagnóstico de que a bateria estava boa, não necessitava trocar, eu trocaria, mesmo assim! Dado a incrível "sintonia" entre os acontecimentos, seria impossível não ser problema de bateria.

E era!

A Sara chegou! 11:10 o eletricista já havia terminado! Fizemos um combo de duas baterias! "Justamente" as únicas duas que ele trazia na motocicleta, uma moura e outra heliar, ambas de 60 amperes, que o destino me apresentou apenas para que eu tenha a absoluta certeza de que devo trocar mais o gás da cozinha,...

Ah! antes de finalizar: são dois veículos totalmente distintos: uma Toyota SW4 com quatro anos de uso e um Renault Logan com dois. Ambas baterias eram as originais, inclusive os carros possuem quilometragens bem diferentes. Igual mesmo, só o fantástico capítulo que esse show de instantânea "coincidência" me permitiu viver, levando a melhor refletir sobre as peças do automóvel que dirige as nossas vidas enquanto vamos escrevendo as nossas histórias!