sexta-feira, 29 de agosto de 2014

pensamentos



Se você se cobra muito, estará sempre se devendo, mas nunca deixará acumular a dívida
 



Até os nossos tempos a humanidade só fez “enxugar gelo”. Nós o derretemos!




A diferença entre furto e roubo é que no furto o sujeito se serve e você não vê; no roubo ele se serve, você vê, impossibilitado de se defender;
 
 
 

Foi quando a coisa não ia para frente que alguém teve a grande ideia de criar a marcha a ré no automóvel
 
 

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

cada louco com a mesma mania




                       CADA LOUCO COM A MESMA MANIA


    Tem um ditado antigo que diz: “cada louco com a sua mania”! Óbvio que eu tenho as minhas. Espero que você tenha as suas, mesmo porque, acredito, só um louco não as tem.

    O meu receio, na verdade, é no tocante a vários loucos com a mesma mania. Ou seja, uma mania que vire moda, “caia na rede”, se transforme em tendência e acabe por levar à “loucura generalizada”, transformando aquele que consiga não aderir em um verdadeiro lunático.

     A irreverência não é coisa nova. Só que ela era bem mais juvenil. E os adultos estavam ali para conferir um pouco mais de seriedade ao mundo, equilibrando as coisas. Atualmente, contudo, como não há parâmetro razoável que permita avaliar se algo vai cair no gosto ou não, tem bizarrice de toda forma e sem distinção de idade.

    Quem sabe o meu saudoso amigo “Ticão”, falecido quando ambos éramos ainda jovens, hoje, fizesse sucesso global (o mesmo que faz comigo, que não canso de repetir para os meus filhos, pois o carinho é que valoriza a interlocução) com a frase: “você está dizendo né meu camaradinha!”, que repisava a todo momento, quer concordasse ou não com o que o seu colocutor estivesse falando?

    Eu mesmo tenho alguns amigos que moram no Município de Nova Venécia e que, nas raras vezes em que os encontro, nos cumprimentamos com dois chutes recíprocos com o dorso do pé. Nem lembro como isso surgiu, mas é algo tão absolutamente ridículo que só vale a pena ficar entre nós mesmos. E é só por isso que tem graça!

    Pois bem! Não chega a ser algo surreal - aliás, infinitamente superior aos chutes - mas, por que tanta pompa ao cumprimento mediante um tapinha sequenciado por um "soquinho" (ou só o "soquinho". Vai dizer que você não conhece?)? Tenho certeza que você também já cumprimentou alguém de forma espontaneamente original, logo, havendo centenas de outras maneiras de se saudar, além dos tradicionais apertos de mão, beijinhos, abraços, etc. E nem por isso se tornam algo quase mecânico, tão rapidamente.

    Dia desses estava assistindo a um noticiário na TV, ao vivo, e no momento em que dois repórteres iam se cumprimentar, um fechou o punho da mão direita, levou em direção ao outro para o new “soquinho”, mas esse permaneceu do jeito que estava... Haja constrangimento! O pior é que se fizer uma daquelas famosas enquetes a respeito desse comportamento (será que ainda não fizeram, já que fazem de tudo?), possivelmente o daquele que ficou imóvel seria considerado mais inadequado do que o do que forçava o outro a aderir a um cumprimento que possivelmente não compactuava...

     Mas, se ainda não cedeu a tal cumprimento, possivelmente, vai ter que acabar assimilando...

    É que cientistas da Universidade de Aberystwyth, no País de Gales, segundo estudos publicados no "American Journal of Infection Control", concluíram que o milenar aperto de mão transfere muito mais bactérias do que outras formas de cumprimento.

    Adivinhem qual a melhor solução, afirmada pelos mesmos, para ser simpático diminuindo os riscos para a saúde? Ganha um “soquinho” quem acertar. Isso mesmo, o negócio é universal, apesar da roupagem adequada à língua local: o “fist bump”! 
   
    Do jeito que a coisa anda, é bem possível que o tal “soquinho” - ou “fist bump” para seguir no estilo igualmente pomposo da generalizadíssima “selfie”, ao invés do tupiniquim autorretrato - acabe se transformando em padrão de cumprimento obrigatório, ou, no mínimo, enseje muitos debates e iniciativas de projetos de lei visando salvaguardar a população brasileira dos grandes males que o aperto de mão pode causar, inclusive fortalecendo a posição ao trazer à lembrança os necessários cuidados à época da H1N1 (lembra?).
   
    Às favas o aperto de mão! O mundo sempre esteve errado. Inclusive, o dia 21 de junho, ao invés de dedicado ao “Dia Internacional do Aperto de Mão” (isso também é demais, né!?) vai se transformar no “Dia Internacional do ‘Soquinho’”... Que tal?

    A propósito, se não bastassem os apelos diários ao consumo de tantas esquisitices, como, no caso, o “soquinho” já virou algo que até a ciência passou a estimular, seria bom que, a partir desses cientistas aos quais ora faço referência, em sua perspectiva de mudar o “curso do vento sul”, pudessem fazer um Encontro Internacional, quando, ao final, fosse formulada a “Declaração Universal do Cumprimento entre Pessoas Humanas” (aliás, existem pessoas inumanas?... Não responda, por favor!)

    É óbvio que outras mudanças serão necessárias. Mas, para o “bem da humanidade”, vale tudo, não é mesmo? Cientistas da “University College London”, na Inglaterra, por exemplo, concluíram que pessoas com aperto de mão forte tem propensão de viverem mais do que aquelas cujo cumprimento é fraco (a propósito, acho bom você manter contato com aqueles seus amigos - todo mundo tem [ou tinha] uns desses - que costumam cumprimentar com as pontas dos dedos, antes que seja tarde!) .

    Sem o aperto de mão, o que acontecerá com essa outra importante descoberta científica? No fundo, o que tenho medo mesmo é de que o estímulo subliminar que era feito ao “apertão” possa ser modernizado para o “socão”. De qualquer forma, até que essa questão reste mais aprofundada, vou me manter afastado daqueles amigos que costumam cumprimentar com aperto de mão muito forte... Vai que eles misturem as duas pesquisas e, abruptamente (ou “abruptalmente”) tirem as suas próprias conclusões?

    E o que dizer de tantas outras pesquisas como a que conclui que o “aperto de mão ajuda a medir envelhecimento”? Assim indicam estudos realizados por demógrafos do “International Institute for Applied System Analyseis (IIASSA), sediado em Viena, na Áustria. Imagina! Com o desaparecimento do tradicional aperto de mão, seremos obrigados a medir o envelhecimento de acordo com a contagem dos anos, algo absolutamente surreal para os evoluídos tempos atuais.  

    Aliás, esse estudo se mostra extremamente inconfidente, pois não leva em consideração que existem pessoas que não gostam de revelar a sua idade de jeito nenhum. Para a excepcionalidade desses casos sim, entendo que o “soquinho” realmente se justifica como boa alternativa, embora acredite que tal vantagem seja momentânea, pois, no futuro, diante dos incontáveis estudos que serão feitos a respeito dessa forma de cumprimento, tal contato fatalmente acabará permitindo revelar não só a idade, mas, também, o cpf, o endereço, etc.

    Enfim, diante de toda essa controvérsia que envolve a transição do aperto de mão para o “soquinho” (ou “fist jump”, não esqueça!), enquanto não tivermos explicitamente clara a linha que deve ser seguida, talvez a melhor solução seja a proporcionada por outros cientistas, agora um “pool” multinacional deles, britânicos e norte-americanos, que criaram o “aperto de mão via internet”, já que quando realizaram tal proeza os mesmos se encontravam a 5.000 quilômetros de distância.

    Eu veria mais utilidade nesse aperto de mão virtual se ele fosse disseminado junto aos povos que vivem em guerra entre si! Como a tecnologia permite que se enfrentem situados em lugares cada vez mais distantes um do outro, sem aquele contato físico que caracterizava os grosseiros combates de outrora, no meio dos botões disparar e detonar próprios às suas modernas máquinas de morte, separando-os, poderia ser inserido o “cumprimentar”. Não sei se resolveria, mas garanto que iria “bombar”! Afora o “prato cheio” para muitos outros estudos (qual o botão foi utilizado primeiro, quantas vezes foi usado cada um, se eventual cumprimento foi respondido e de que maneira, grau de gentileza no clima da guerra, etc.)

    Além disso, já que o grande objetivo da humanidade, no fundo, é vencer, poderia acabar estimulando ao processo de transformação das guerras (haja caretice!) em combates globais de videogames (“Call of duty
[1], dentre outros), aproveitando, inclusive, a farta mão de obra dos milhões (ou bilhões?) de “soldados” universais altamente qualificados disponíveis.

    Muita fantasia, não é mesmo? Pode ser! Mas ao fim deste texto eu acabo de vencer a minha terrível guerra pessoal contra o “soquinho”, que se revelou aliado, resignado, mesmo duramente atacado.

    Sendo assim e voltando ao meu amigo “Ticão”, que deixou estampado o grande valor da interlocução para os que conviveram ao seu lado, excepcionalmente, considero o “soquinho” (ou fist bump, não esqueça) como meu cumprimento final adequado, devido ao grande momento por ele me proporcionado, muito obrigado!  


[1] Você não acha que eu conheço esse jogo, né? Pedi ajuda aos “cybersitários”.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

pensamentos




O período é de guerra e quem nos domina
são as nossas invenções.  Aliás, em ritmo de guerra!