sexta-feira, 31 de julho de 2015



Estou muito alegre por finalmente ter realizado o sonho de ter um filho.  Vou providenciar, imediatamente, uma creche para ele, seguida de escola em tempo integral, para, depois, tentar um intercâmbio, o ingresso em boa faculdade, talvez por lá mesmo, visando apurada formação. Aí, finalmente, espero poder descansar um pouco dessa dura rotina de paternidade,...


sábado, 11 de julho de 2015

Tião Gibi


TIÃO GIBI


   Em conversa com um de meus irmãos (sábado, 04.07), em Linhares, norte do nosso Estado do Espírito Santo, ele lembrou de algo que dialogáramos há algum tempo e que ficara marcado em sua memória, tendo, portanto, voltado ao assunto. 

  O fato diz respeito ao nosso pai, falecido já há alguns anos, porém, sempre vivo e perpetuado em nossas vidas, enquanto não entregamos o bastão, definitivamente, para os nossos filhos seguirem os indefinidos quilômetros que incumbe a cada qual nessa maratona de revezamento...

  Efetivamente, não nos deixou bens materiais: a vida de “remediado” (este era o termo que designava um enorme contingente de famílias - hoje inseridas em várias letras - que não se situava nem entre os “ricos” e nem entre os “sem nada”) o acompanhou durante toda a vida.

   Verdade seja dita que o ensino também não foi “aquela exigência”, como ocorre nos moldes de hoje. Mesmo porque, a rigor, as coisas fluíam de forma mais natural, não havendo essa interferência toda de padrões impostos pela competitividade e produtividade, elevadas ao ápice extremo enquanto “função social do ser humano”

   Curioso é que embora não houvesse essa pressão toda - tanto que era comum o primeiro contato com a escola ocorrer no ano em que se completava sete de existência. Acredita nisso? - nada impedia, quase obrigava, que a atividade fosse exercida de forma concomitante com outras, em casa, ou mesmo fora dela, visando contribuir para o sustento da família, já que não se pode dizer, também, que, naquela época, se ainda não se avistava tão “mirabolantes” ideias para a infância como o “ensino em tempo integral” (meu Deus!!!!), a vida juvenil, para grande parte da população, também não era brincadeira.

   Aliás, tanto não era brincadeira que várias das grandes lições que se aprendia na vida – ou também não se aprendia, mas eram muito “ensinadas” - ocorriam dentro de casa, em episódios duros, como um que sempre faço questão de relatar para os meus filhos, por considerar que uma das melhores maneiras de ao menos tentar transmitir alguma “lição” aos mesmos é mostrando, através de exemplos que também realcem os nossos defeitos, que aquilo que se procura legar, de alguma forma, também nos foi transmitido, ainda que eventualmente por meio de caminhos e dificuldades diferentes.

   Um hábito comum, à época, mesmo para as famílias “remediadas”, era fazer uma grande “Ceia de Natal”! Imagina: aquelas coisas deliciosas que eram bastante escassas nas demais épocas do ano, naquele momento, estavam ali, à sua frente, à disposição, podendo fartar-se,...

  Pois é! Já tinha comido de tudo e mais um pouco, porém, a gula me levou a pedir um pouco mais de coca-cola, ao que o meu pai, sério, perguntou e reperguntou mais algumas vezes se eu, realmente, iria beber o que estava solicitando, ao que, possivelmente imaginando-me como um camelo, respondi que sim.

   - Então eu vou lhe dar, mas fique ciente de que vai ter que BEBER TUDO o que você colocar no copo.

   Na metade, eu não aguentava mais! Pedi, clamei, mas não teve jeito:

   - Nem que eu te leve para o hospital depois, mas vai ter que beber tudo! 

   Eu bebi! Não sei de que maneira consegui e nem como não fui realmente para o hospital! Mas os meus irmãos relatam que parecia que eu ia explodir, enquanto andava para lá e para cá, durante boa parte daquela mal dormida noite de Natal.

   Depois disso, guardadas as proporções, como eu poderia deixar de tentar evitar o desperdício por parte dos meus filhos? Aí sim, seria um desperdício, não é mesmo? Espero, sinceramente, que me compreendam...

   Existem outros episódios da vida difícil, já que nem tudo são flores. Porém, mesmo quanto a esses, se não são, o negócio é tentar plantar, não é?!

   Bom, mas o assunto que levou a este texto, conforme as primeiras linhas, foi o fato que ficara marcado na memória de meu irmão e que estávamos a conversar naquele momento. Então, depois de tantas delongas, vamos a ele:

   - Pois é, mano, disse ele: alguns amigos ficam perguntando de onde vem esse nosso gosto pelas letras, já que consideram tal fato uma virtude, sendo muito difícil de se transmitir ou alcançá-la. De onde vem?

   Sinceramente não sabemos! Mas chegamos a uma dedução que acreditamos bastante lógica: à época, além de papai, somente no bairro onde morávamos, que tenhamos conhecimento, existiam outros três Tião; como essa questão de “bullying” ainda não era tão disseminada - aliás, era, praticamente, “disse-me-nada - todos eram conhecidos como Tião, seguido de um adjetivo, gostasse ou não, muitas vezes sequer sabendo como lhe fora incorporado. 

    E o nosso pai era conhecido por todos como... TIÃO GIBI!

   A propósito de tal, a título de curiosidade, esse meu irmão com quem mantive a conversa, também Sebastião, filho do “Tião Gibi”, é o “Tião dos Correios”. Até o “onisciente” Senhor Google já o conhece assim, embora, mais recentemente, também atenda pela alcunha de “Tião do Pedal”...



sábado, 4 de julho de 2015

Livros de minha autoria, que foram lançados no dia 12.06.2015 e se encontram à venda nas Livrarias Logos, inclusive através do endereço www.logoslivraria.com.br :
ARTIGO CINQUENTA (Artigos publicados entre 1990 e 2015)
50 POR ORA (Crônicas cotidianas atemporais)
MULHER 1 X HOMEM 1 - A Igualdade no Casamento (Relacionamento)