domingo, 30 de novembro de 2014

pensamentos




Se as minhas necessidades são permanentes porque o meu contrato de trabalho é temporário? 
 
 


Dormir, após ter filhos, continua a viagem. Só aumentam as escalas. 




O mundo cresceu tanto que a sua roupa ficou curta!


 

As coisas mais importantes que eu fiz foram as que eu pensei dessa forma estar fazendo


 
 

 

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

"Um (in)certo algúem"...

         
                                                              “UM (IN)CERTO ALGUÉM”...


  Há algum tempo, época em que, via de regra, se dava mais valor à vivência do fato do que ao seu registro e divulgação imediata como pano de fundo de um autorretrato, era bem mais difícil e restrito anunciar intenções a alguém, ocasionando, porém, em contrapartida, que, geralmente, poucos eram os que ficavam sabendo dos “fora”, clássicos ou não, que de vez em quando o galanteador (ou nem tanto) levava.

 Frise-se que embora me refira ao tema dividindo-o em eras, não se desconhece que existem os “transepocais”, vivendo hoje à maneira de ontem, ou vice-versa. Mas, que são tempos bastante distintos, ah, isso, meu bom companheiro, ninguém pode negar, ninguém pode negar!

  Pois é! Basta digitar no “google” algo tipo “pedidos de casamentos curiosos” para você ter uma ideia... Com o marcante detalhe: veiculados para verdadeiras multidões!

 Saliente-se que o amor ainda é (e sempre será!) algo muito contagiante. Logo, o fator multidão, quase sempre, conta a favor do pedido! Imagina o desencanto de uma negativa pública? Assim, numa das piores hipóteses, “apenas” não se confirmará no reservado aquilo que se aceitou perante um aflitivo aglomerado de pessoas! 

  Imagina alguém se anunciar perante um maracanã lotado ou num show do cantor preferido e a música não entoar direito no ouvido pretendido e resultar numa “tremenda bola fora”? Meu Deus!!! 

  Logo, deve-se estar bastante seguro antes de partir para uma situação dessas...

 Para ilustrar, consta que um chinês, resolvendo inovar na proposta de casamento à namorada, gastou o salário de dois anos para comprar 99 aparelhos iPhone 6, ao custo de US$ 79 mil (202 mil reais, aproximadamente). Para coroar o inesquecível momento, arrumou, em forma de coração, as caixas contendo os aparelhos,  convidou os amigos, reunindo-os em volta do “pré-casal”, pedindo a um deles para fotografar do alto de um prédio, etc, etc.

  O NÃO acabou se tornando muito mais sonoro ao ser divulgado pelo “amigo” em rede social chinesa e, daí para o mundo, foi um passo...

  É óbvio que nem tudo que cai na rede é peixe. E nem todo peixe se transforma em uma saborosa moqueca capixaba. Logo, o freguês deve avaliar muito bem o sabor do peixe antes de recomendá-lo, muito mais se for dado, como estou fazendo agora...

  Inclusive, deve levar em consideração que o mar chinês não anda muito bom para esse tipo de “peixe”, já que um tal “aborto seletivo” tem ocasionado, há anos, extermínio de número bem maior de fetos do sexo feminino - a tal política do filho único - fazendo com que, dentre outros efeitos, a “oferta” de homens esteja mais avolumada do que a de mulheres (enquanto aqui no Brasil tem muita mulher reclamando, ai, ai,...). 

  Não há elementos suficientes a possibilitar deduzir que o motivo da recusa seja esse (ou aquele), mesmo porque, convenhamos, gastar o salário de dois anos para comprar 99 aparelhos de iphone dá margem a várias elucubrações a respeito do pretendente, daí, obviamente, não ser afiançável que no nosso Brasil, onde não há esse desequilíbrio entre o sexo masculino e o feminino, uma proposta como essa teria resultado diverso.

  O que não se pode deixar de considerar é que, seja qual for a situação, a torcida praticamente única, a favor, contudo, em caso de uma frustrante negativa, também pode se transformar em verdadeira algoz, divulgando pelos mais diversos meios uma tragicômica situação como a ora exemplificada.

 De qualquer maneira, como forma de reconhecer a existência de aspectos positivos nesse lado mais exótico de anunciação à pessoa amada, afirmo que se fosse hoje, ante a difundida criatividade associada ao tema, o meu próprio casamento, eventualmente, poderia ter sido deflagrado (ou não?) de forma diferente. Quem sabe?

 Só acho que nada deve se sobrepor à espontaneidade. E, de preferência, no contexto de situação muito bem pensada, inclusive quanto à forma da bela pretensão ser compartilhada, para uma possível negativa não ser amplificada, nessa época globalizada, como exemplo de retumbante galhofada!