quinta-feira, 16 de maio de 2019

Inspire-se: ideias não morrem!


INSPIRE-SE: IDEIAS NÃO MORREM! 

  Minha esposa é a maior incentivadora dos meus escritos. Não sei se é pelo fato dela realmente gostar do que escrevo ou porque, sendo ela uma grande mulher, filha, mãe, profissional, amiga e companheira, tenha receio de que eu acabe diminuindo o tamanho da inspiração que encontro para o meu movimentado dia a dia simplesmente ao me lembrar dela. 

  Certo é que dentre o inestimável apoio que recebo, um deles se dá através de uma repetitiva frase que soa muito forte para mim e que, num sentido poético, é mais ou menos assim: - não importa a velocidade que alcançarão, quem ou quantos lerão, mas as palavras, uma vez soltas, se transformam em domínio público e assim caminharão! 

  Pois bem! 

 Esses dias estava no aprazível balneário de Praia Grande, logo ali, no município de Fundão, e ao comprar os famosos "picolés de itu" para a garotada, após acomodados em uma sacola plástica, para não descongelarem, foram embrulhados em um jornal. 

  Se tratava do querido jornal "A Tribuna", datado de 26.12.2018, onde, no lado externo do embrulho, mais precisamente na página 17, fui logo reconhecendo aquela minha estampa, que "ilustrava" um dos meus artigos publicados no jornal! 

  Caramba! Então é esse o "domínio público"? 

  Fiquei absorto em pensamentos quanto ao fato: como chegou até ali? E depois dali? Embrulho de picolé???!!! Mas poderia ser de peixe, daí "o fim" era imediatamente certo! No caso, fiz algumas rápidas anotações no exemplar e o guardei para em algum momento escrever estas linhas, que já estão gestadas há algum tempo, apenas aguardando a sua oportunidade de "cair no domínio público". 

  E, obviamente, para não perder a oportunidade, li novamente o que escrevera e aproveitei para repassar à "cúmplice inspiradora". 

  Quantos leram? Quantos lerão? Não importa. Foram para o domínio público e jamais morrerão! 

  Os escritos são assim. Após ganharem corpo, alguns duram mais, outros duram menos. Eu, na verdade, acho um crime a forma como alguns são "mortos", tendo, particularmente, conseguido, por circunstâncias do destino, prolongar a vida do exemplar cuja morte eu jamais teria coragem de sentenciar, por motivo de "foro íntimo"

  Mas a vida deles é dessa forma mesmo: no caso, se tratava de algo até considerado nobre (não para mim!): depois de cumprir a sua função social, estava sendo aproveitado para outra finalidade que, a rigor, não pode ser considerada um desperdício. 

  Contudo, tem o caso daqueles que morrem vítimas de reiterados maus tratos, incendiados, rasgados, defraudados... Quando poderiam ter uma vida bem mais digna e longeva, e é assim que torço. 

  De qualquer forma, por mais depauperado a que possa chegar o estado do corpo, o seu verdadeiro valor está na ideia, esta sim, imorredoura, daí a importância que se deve dar à inspiração, especialmente nesta confusa época em que vivemos, quando ela está muito, muito, fazendo irreparável falta!...


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