terça-feira, 29 de julho de 2014

A Seleição Brasileira



                     A SELEIÇÃO  BRASILEIRA


     Depois de muito elucubrar a respeito, tanto que quase ninguém mais botafogo no assunto e aqui estou eu a trifludiar, cheguei à conclusão sobre o motivo do flacasso da seleção na copa: a eleição brasileira!
 
     Nunca antes neste país o tema e o time andaram tão conjugados, quase formando uma coisa só!

     Aí não dá! São dois campos bem diferentes. Duas grandes áreas cujos titulares não podem ter reservas no momento de formar a equipe, da preparação à escalação, visando retribuir tanto o voto de confiança como o voto desconfiança depositado pela nação.

     Segundo as estatísticas, a pergunta que mais foi repetida, no mundo, de janeiro a junho deste ano: a copa do mundo vai influenciar nas eleições de outubro? Foram 878.343,2 vezes, sendo que em 878.343 isso ocorreu no Brasil e em 0,2 vezes (não sei como isso é possível), ocorreu no exterior, mais precisamente em Bangladesh, devido à associação com possíveis oscilações na bolsa de valores mundial, o que gerou séria preocupação para o restante do planeta.

      Devido ao sucesso do blogue que mantenho, atualmente disponho de contato com setores importantes da grande mídia e consegui decodificar informação privilegiadíssima, a partir de cuja fonte não posso revelar, podendo apenas declinar que se trata de um famoso repórter investigativo, prestes a descortinar “os bastidores da copa”, cujo auge ocorrerá no último dos sete programas, após repetidas vinhetas relacionadas à bombástica informação: “saiba o que verdadeiramente aconteceu naquele 08 de julho”.

     Tem tudo para aposentar o documentário “saiba o que verdadeiramente aconteceu com o Ronaldo”, na final da Copa do Mundo da França, em 1998 (ufa, finalmente!)

      Pelo que tenho conhecimento, adiantando um pouco do que será apresentado pela TV, o repórter acompanhou a rotina dos atletas, na véspera do jogo, e percebeu que eles também se viram muito afetados por esta história de seleição. Ele estava ali, de prontidão, nada de anormal ocorria, até que, interrompendo a programação, aconteceu verdadeiro alvoroço quando surgiu, em cadeia (rede, tá?!) nacional, a revelação de quem iria entregar a taça aos campeões.

      Nada demais se a grandeza que o tema assumiu não o tivesse transformado em uma questão tão crucial, a ponto de influenciar no rendimento (e nos rendimentos?) da seleção, embora não tenha conseguido compreender, para informar em primeira mão, a forma como isso ocorreu, apenas ciente que é algo absolutamente fantástico!

      Porém, como o meu blogue está em terceiro lugar entre os mais atrativos do Brasil, posição que pretende manter já que as duas posições acima são impossíveis de galgar (a primeira repercute os 10 - ou as 10? - melhores selfies, diariamente, no mundo, e a segunda dá dicas, também diárias, de como fazer para estar entre as 10 - ou os 10? - melhores selfies do planeta), eu próprio, quase ninguém sabe, dei uma de blogueiro investigativo e descobri o seguinte:

      A ferroada que o Neymar levou, transportando-o da grama, que ama, para a cama, aturdiu de tal maneira os seus companheiros que na noite que antecedeu ao “oito de julho”, ao invés da alegria que costumava reinar no ambiente, dormiram lamuriosos, profundamente abatidos pela perda momentânea (mas logo agora?) do companheiro, ao som de Wando: “você é luz, é raio, estrela e luar”.

     Já os alemães, capitaneados pelo “meia brasileiro” Lukas, “meia polonês-alemão” Podolski, convocado pelo comandante Joachim Low Profile especial e quase que exclusivamente para providenciar a aclimatação do time ao ambiente brasileiro e ganhar a simpatia do seu povo, independentemente de tramarem uma “sapecada” quando se deparassem com o escrete anfitrião e suas cinco vitoriosas estrelas na camisa, estavam tão familiarizados e ecléticos, que sabendo que o outrora temível leão estava ferido, foram buscar motivação em Beto Guedes, embora tenham confundido pequena parte da letra:

      “Nem o sol, Neeyyyymaarr, nem o brilho das estrelas, tudo isso não tem valor sem ter você...”

      E foram com tudo... E nós com nada! E deu naquilo que é melhor resumir em uma linha.

      Com (quase) tudo consumado, neste intervalo que vai de julho a outubro, nota-se imenso trabalho de alguns em a-fas-tar os temas seleção eeeeeeeeeeeeeeeeeeeee eleição. Outros, também tenazes, fazem questão de manter viva, bem viva, muito viva, a associação que nasceu morta, porém, quanto mais tempo demorar para ser enterrada, mais exalará o seu mau cheiro.

      Por último, apenas uma pergunta: afinal, a copa do mundo vai influenciar na seleição de outubro?

      O blogue foi a campo e já tem sua certeza, mas não irá revelar, já que o seu papel é contribuir para o pensar...

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