quarta-feira, 4 de julho de 2018

Neymar: Protagonismo e Destino




NEYMAR: PROTAGONISMO E DESTINO! 

  Em tempos de copa e já que o mundo inteiro parece ter necessidade de falar qualquer coisa sobre o Neymar, ainda mais depois que o Cristiano Ronaldo e o Messi já se despediram da mesma, também vou na onda. 

  E desde logo declaro a minha parcialidade: não obstante adira a várias críticas no tocante à sua conduta dentro de campo, sou um fã declarado do seu futebol, como fiz questão de deixar registrado neste blogue, com a crônica “Neymar o melhor do mundo!”, logo após aquele jogaço em 08.03.2017, pela liga dos campeões, entre o Barcelona e o PSG, quando o seu então time, que perdera a primeira partida por 4 a 0, vencendo a segunda por 3 a 1 até os 42 minutos do segundo tempo, necessitava de mais três... E, incrivelmente, conseguiu: 6 a 1! Acho até que foi devido a esse jogo e especialmente após lerem o que escrevi – vale a pena, tá!?[1] - que o time francês decidiu comprá-lo junto ao espanhol. 

  Sinceramente, espero que você não tenha esquecido como foi ou pelo menos esteja tentado a recordar ou mesmo buscar se inteirar como foi que ocorreu, já que naquela oportunidade se consumou a consagração do jogador como melhor do mundo! Quer queiram, quer não; quer reconheçam, quer não! 

  E não é a condição de NEYMARRA, que parece impregnada à sua personalidade, que pode ofuscar essa então condição de REYMAR, embora de duração muito mais efêmera, dado à concorrência e rápida finitude da carreira de jogador! 

  Fato é que devido ao jeito envolvente, alegre, atrevido e moleque (sei que você tem mais um monte de adjetivos), muitas vezes ele é “condenado” pela “contribuição” que teve para receber, por exemplo, uma falta nítida. Ou, então, pelo “teatro” que fez após recebê-la,... E por aí vai... 

  A propósito, agora existem os chamados “árbitros de vídeo”. Mas como, mesmo assim, também há o amplo espaço da interpretação,... 

  Enfim, no momento, o Brasil está nas quartas-de-final e enfrentará um time excelente, a Bélgica, vindo, a seguir, caso ultrapasse esse duro adversário, outro não menos gabaritado, Uruguai ou França, para, então, se chegar até tal momento, decidir com alguma equipe europeia do outro lado da chave, podendo ser Croácia, Rússia, Suécia ou Inglaterra. 

  Tudo pode acontecer! Aliás, o próprio Brasil, felizmente, já diminuiu a dependência com relação a Neymar, havendo espaço para protagonismo de outros jogadores, como, aliás, já ocorreu em outros jogos nesta própria copa. 

  Mas, por favor, que ninguém se esqueça que falta é falta, independentemente de quem a receba. Para o bem do futebol. 

  Não é porque o Neymar sobreviveu que devemos esquecer da Zunigada que o retirou da copa, quatro anos antes (lembra? Exatamente em uma quartas-de-final!). Aliás, aquele TRÁGICO momento só foi a consumação de uma nítida complacência com vários outros episódios que o antecederam. Condescendência que também se deu logo depois e continua a ocorrer na presente copa, quatro anos depois. 

  Aliás, embora acompanhe com interesse o futebol local e internacional, por óbvia ironia, nunca antes e nem depois ouvi falar e nem tenho interesse em saber por onde anda o obscuro artífice da Zunigada. 

  Já o Neymar, Reymar, Neymarra, ou seja qual for a alcunha dentre a vasta lista que lhe cabe, protagonista do nosso primeiro e único ouro olímpico no futebol, dentre outros grandes feitos de sua ainda curta carreira, segue a trajetória daqueles raros jogadores fadados ao papel principal para enfrentamento dos variados expedientes que os mais renomados adversários possam se valer no exercício do seu dinâmico princípio da ampla defesa... Especialmente quando atacamos! 

  É bom escrever sobre fatos que possam ocorrer hoje, amanhã, depois... Daqui há quatro ou oito anos. Ou simplesmente nem ocorrer, pois, absolutamente ninguém sabe! Mas que ao menos evitem fazer tanta falta no que se chama destino... 


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[1] Assim como, na mesma linha futebolística: “roubaram a copa”, de 16.05.2014 e “a seleição brasileira” de 29.07.2014



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