domingo, 1 de junho de 2014

Como será o amanhã?

                                Como será o amanhã?

                                                                                                     
    Conforme sugere a letra da música: “responda quem puder! O que irá me acontecer? O meu destino será como Deus quiser”.

    Pois bem! Daqui a pouco mais de um mês tudo voltará à calmaria da selvageria que está teimando em se incorporar à nossa rotina, cheia de situações estressantes que nos colocam em dificuldades no momento de priorizar as que devemos combater primeiro. Se ao menos o espírito estiver desarmado já é bom sinal para nosso trânsito diário.

   A verdade é que sobressaem nas ruas, novamente, o verde e o amarelo (será que é por isso que tem tantos se esquecendo do vermelho?)! 

    E não estou me referindo a sentimento de patriotismo devido às eleições de outubro... Trata-se de outra eleição, quando ao término de vários “mata-matas”, que se espera sem nenhuma ocorrência grave, será escolhido aquele que governará o mundo redondo da bola pelos próximos quatro anos.

    E esse mundo só tem aparência de continentalmente democrático! Tudo bem que quem está no alto do pódio, embora possa ser reeleito tantas vezes quantas conseguir, não leva nenhuma vantagem, salvo consiga provar que a máquina se manteve melhor preparada do que todas as outras que se voltam para derrotá-la.

   Ainda que sejam trinta e dois candidatos, se considerarmos que nas últimas edições, apenas oito disputaram as doze finais, é dedutível que o campeão seja um deles: Brasil, França, Itália, Argentina, Alemanha, Inglaterra, Holanda e Espanha (dos dois últimos, inclusive, o adversário do Brasil já nas oitavas-de-final, caso todos avancem de fase).

    Mesmo que vários deles, algumas vezes, tenham ficado pelo caminho precocemente, os outros mantiveram o embate final entre o grupo restrito, deixando para os menos prováveis, espaço, no máximo, para a disputa de terceiro e quarto lugares, como ocorreu com Bélgica, Croácia, Coréia do Sul, Portugal, Uruguai, Polônia, Suécia, Bulgária, Turquia e União Soviética, sendo que somente os cinco primeiros participam da atual edição.

  Seguindo no campo das probabilidades, as chances de um país-sede ser campeão são relativamente boas se considerarmos que isso ocorreu em 1930, 1934, 1966, 1974, 1978 e 1998 com Uruguai, Itália, Inglaterra, Alemanha (então Ocidental), Argentina e França, respectivamente.

  Porém, uma das vezes em que não ocorreu e deixou marcas dolorosas foi justamente quando o Brasil sediou a competição, em 1950, ficando com o vice-campeonato, restando, portanto, evidente que somente o primeiro lugar serve a este futebolístico país, ainda mais diante do seu histórico em copas e da chance de proporcionar final diferente, sessenta e quatro anos depois, com novos protagonistas, em cenários também modificados. 

    É compreensível que tanto se fale em futebol neste momento. Quer se queira, quer não, é uma paixão incorporada ao dna brasileiro. E a maioria dos atuais espectadores nem havia nascido quando foi realizada a copa em seu solo e dificilmente verá uma próxima, no país. 

    Ocorra o que ocorrer, daqui há cinquenta anos, certamente, é provável que poucos serão os que se reportarão a vários fatos importantes que estão a acontecer, enquanto, por outro lado, alguém poderá ter remoçado, deste ano até lá, o emblemático papel que o “Ghiggia” representou durante todas essas décadas, se um ou mais jogadores brasileiros não ocuparem, nesse particular, o espaço à espera daqueles que pretendem se firmar no formol da história.

    Embora a copa deixe evidente ao mundo que o Brasil passa por problemas extremamente sérios em sua grande área, espera-se que, na pequena, se concentre em atacar todos os que ousarem desafiar a defesa de sua soberania futebolística, firme na compreensão de que não se pode comandar as saudades, mas se deve caprichar na vivência dos motivos.


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